Território, Memória e Viadagens

Notas para uma Musealização da Fechação

Autores

  • Vinícius Santos da Silva Zacarias

Palavras-chave:

território, memória, viadagens

Resumo

Neste resumo expandido de uma pesquisa antropológica em andamento, abordarei as produções de identidade e os processos de subjetivação dos viados de fanfarra, a partir do método da etnografia crítica e multi-situada. Os viados de fanfarra são sujeitos racializados, sexo-gêneros discordantes e periféricos que compõem os pelotões de bandas e fanfarras na Bahia. A análise recairá nas experiências socioculturais existentes no Beco do Rosário, em Salvador, o último trecho do Desfile Cívico de Dois de Julho, compreendido como “território da fechação”.

Este universo etnográfico está imbuído de aspectos intersecionais de raça, gênero e classe (CRENSHAW, 2002), tornando este fenômeno um importante objeto de análise para entender a dinâmica da agência de homens negros periféricos, com comportamento em dissidência¹, que vivem na cidade latino-americana mais negra fora da África² e no país sul-americano que mais mata LGBT’s no globo³. Este aspecto da pesquisa almeja contribuir para o alargamento de possibilidades da “musealização” (VAN MENSCH, 1994), evidenciando que lugares de memória são também agregados em lócus de justiça social, resistência subalterna e promoção do respeito às diversidades humanas, através da experiência de eventos históricos e performances culturais.

Publicado

02-08-2020

Como Citar

Zacarias, V. S. da S. (2020). Território, Memória e Viadagens: Notas para uma Musealização da Fechação. Revista Memória LGBT, 5(02), 64–69. Recuperado de https://www.revista.memoriaslgbt.com/index.php/ojs/article/view/49

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